Geração de conteúdo pelo usuário

As tradicionais mídias off-line se baseiam na comunicação em uma única via: do veículo para o público (leitor / espectador / ouvinte). Durante décadas os jornais, revistas, rádios e TVs reinaram absolutos no fornecimento de conteúdo, muitas vezes de qualidade questionável e parcialidade duvidosa. Neste cenário o público sempre foi e sempre será totalmente passivo, afinal os custos para se expressar em qualquer destas mídias são altíssimos.

Em 30 de abril de 1993 foi disponibilizada ao uso público a tecnologia WWW de forma livre e gratuita. Em pouco tempo algumas pessoas e empresas começaram a povoar este ambiente desconhecido, entretanto que se via por ali eram apenas “homepages” contendo informações em texto e algumas poucas imagens. O primeiro motivo desta característica era obviamente a limitação tecnológica da época, quando a internet era discada a um velocidade de 9600 kbps (uma ínfima fração do que utilizamos atualmente). O segundo motivo é que os proprietários das tais homepages não conheciam aquele novo ambiente, portanto se limitavam a replicar na nova mídia o conteúdo que já dispunham nas mídias off-line. Esta primeira e embrionária fase da web era realmente muito rudimentar e pouco oferecia de benefícios aos usuários e proprietários de sites.

Com o passar do tempo as tecnologias envolvidas com  internet evoluíram em velocidade impressionante. Capacidade de armazenamento, velocidade de banda, barateamento do acesso, normatização da linguagem HTML e o aperfeiçoamento de novas linguagens de programação e de plataformas para o desenvolvimento de sites foram as molas propulsoras para a web se consolidar como uma mídia representativa nos cenários sociais, comerciais e corporativos.

Entre o lançamento daquela internet rudimentar e a utilização maciça que ocorre hoje em dia houve um ponto de virada que mudou a direção desta jovem mídia. Não é arriscado afirmar que este ponto de virada se localizava nos sites que começaram a permitir a participação dos visitantes publicando comentários. Talvez o primeiro formato deste conceito tenha sido o “Guestbook”, o tão desejado “Livro de Visitas” que possibilitava ao visitante escrever suas impressões sobre o site visitado.

Daí em diante foi uma avalanche. Vieram os blogs, os grupos de discussão e fóruns e as plataformas de redes sociais focadas nos mais diferentes tipos de conteúdos. Com isso, atualmente qualquer pessoa pode ter um blog ou perfil em redes sociais e publicar seu próprio conteúdo, seja em forma de texto, fotos, imagens, músicas, vídeos, etc.

Com toda essa inovação, aquele público que outrora era passivo e controlado, passa a ser ativo (e muito), criando, publicando e compartilhando seu próprio conteúdo, não importa a qualidade. O fato de qualquer pessoa poder publicar seu próprio conteúdo gerou desdobramentos que derrubaram os índices de audiência das mídias tradicionais05 ao mesmo tempo em que impulsionou radicalmente o crescimento e a adesão à internet.

 

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