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9 Macro Tendências em Marketing Digital para 2016

As tecnologias mudam muito rápido, essa é uma verdade inexorável. Prever os desdobramentos dos novos produtos e serviços a longo prazo é um exercício de futurologia bastante arriscado. Porém isso não impede de analisar tendências de curto prazo, baseadas em comportamentos já estabelecidos e diretrizes adotadas pelos principais players. Essa análise consciente é importante para ajustar os planejamentos anuais da Marca.

Vejamos a seguir as principais macro tendências que já se iniciaram no Marketing Digital e certamente irão se firmar neste ano de 2016.

 

Mobile First

Definitivamente os smastphones e tablets deixaram de ser a segunda tela para se tornarem os protagonistas na atenção das pessoas. Além de estarem com seus proprietários o tempo todo, estes dispositivos também costumam receber mais atenção mesmo quando a pessoa assiste televisão ou utiliza computadores. Segundo estudo da AdReaction, realizado pela Millward Brown os brasileiros gastam em média 149 minutos no smartphone, contra 113 minutos em frente à televisão.

Além do fator comportamental, atitudes como a do Google em privilegiar sites responsivos em seus resultados buscas demonstra a importância dada a este assunto. Os sites e ambientes digitais precisam estar aptos a entregarem boa experiência de uso nos dispositivos móveis, pois este é o principal fator de abandono das visitas.

 

Conteúdo Útil e Relevante para atrair Atenção

Este é o tópico campeão de audiência nos últimos anos e cada vez vem se intensificando mais. Com o excesso de informação dos tempos atuais, a Marca precisa entregar conteúdo útil e relevante para seus consumidores a fim de conseguir atenção destes. As estratégias e técnicas para entregar esse conteúdo são diversas e continuam se multiplicando a cada mês, mas independente da forma como é entregue o conteúdo precisa fazer sentido real para a audiência e não mais aquela propaganda invasiva.

 

Experiência de uso

Note como as coisas vão se interconectando. O crescente uso de dispositivos móveis e a necessidade de entregar conteúdo atrativo automaticamente demandam uma melhor experiência de uso nos ambientes da Marca. À medida que os usuários se acostumam com interfaces de usuário amigáveis acabam perdendo a tolerância com sistemas travados e confusos. Além de facilitar a vida do visitante, a arquitetura de sites e aplicativos deve possuir forte caráter estratégico e orientado à conversão.

 

Vídeos

Cerca de dois terços do tráfego da internet é de vídeos e essa tendência ainda tende a crescer. O conteúdo transmitido dessa forma é mais fácil de ser consumido do que em textos, além de reter a atenção por mais tempo. As diversas redes sociais estão privilegiando a utilização de vídeos nos posts, de acordo com o Facebook o volume de postagens em vídeo na rede social cresceu 75% ao longo dos dois últimos anos.

Outro fator que vem impulsionando a utilização deste recurso é o Live streaming e a utilização crescente do Pericope comprova essa tendência.

 

Mídias Paga X Alcance Orgânico

Definitivamente acabou a farra do Alcance Orgânico, ele vem caindo ano a ano e será ainda menor, tanto nos resultados de buscas quanto em redes sociais. De acordo com a Forrester Research, posts em uma página do Facebook envolvem apenas 16% de seus fãs. Nos buscadores os resultados orgânicos estão cada vez mais competitivos e diluídos em meio a diversos tipos de conteúdo.

 

Automação de Marketing

O combustível das ferramentas de automação de marketing é o conteúdo rico e relevante para a audiência. As ferramentas entregam esse conteúdo de forma automatizada e segmentada para os perfis de público selecionados. Estabelecer relacionamentos nesse contexto e conduzir o visitante no Funil de Conversão se tornou o principal objetivo do Marketing Digital.

 

Omnichannel

Os canais digitais são muitos e estão integrados de tal forma que os visitantes fluem de forma imprevisível. Algumas das grandes plataformas até tentam reter seus usuários presos em seus ambientes, mas o passado já mostrou que isso é um erro. O consumidor se conecta aos mais diversos canais e exige boas experiências em todos eles. Fazer com que o conteúdo da Marca se desenvolva adequadamente ao contexto de todos os canais digitais e físicos é o conceito do omnichannel. O físico e o digital estão se fundindo e a comunicação da Marca deve trasncender estas barreiras mentais.

 

Uso saudável do E-mail

Enquanto muitos insistam em dizer que o eMail já não é mais eficiente como canal de comunicação, estratégias de inbound o utilizam cada vez mais. A diferença é que a utilização do eMail amadureceu e atualmente o foco é na qualidade e não quantidade de contatos ao mesmo tempo em que as mensagens deixaram de ser propagandas e deram espaço ao conteúdo útil e relevante.

 

Análise de Dados

As empresas e marcas estão começando a acordar para o uso deste recurso sensacional: mensurar precisamente os dados de comportamento de seus consumidores nas mídias digitais. Estas informações permitem que a Marca entregue o tal conteúdo relevante de acordo com o desejo do visitante. O bolume de dados que existe à disposição é imenso, com isso vem o conceito de Big Data e a possibilidade de realizar análises preditivas a partir das interações do visitante com os ambientes da Marca.

Plataformas de mensagens superarão a transmissão de redes sociais. O crescimento explosivo das plataformas de mensagens continua em sua trajetória rumo ao domínio, devendo expandir-se de 2,5 bilhões a 3,6 bilhões de usuários globais em 2018 – já um total de 25% maior do que o público para mídia social. Enquanto mensagens one-to-one cresce, o Facebook tem notado que seus usuários estão postando cada vez menos e menos – na verdade, apenas 20% da geração millennials utiliza as redes sociais para postar fotos e vídeos.

Os anunciantes enfrentam um desafio crítico tentando encontrar formas autênticas para encaixar suas marcas em plataformas de mensagens one-to-one sem incomodar seus públicos.

Snapchat não é social – é TV. Retornos decrescentes contínuos ensinarão aos anunciantes que usar o Snapchat como um canal social orgânico não tem custo-benefício, e que o Snapchat não é o próximo Facebook ou Instagram, mas a nova TV. A linguagem que a “nova TV” usa é diferente, mas ainda é um spot televisivo ultramoderno, não uma série de snaps programados regularmente para fazer crescer a audiência.

O efeito Hotel California mudará o jogo. Cada vez mais, as redes sociais estão se tornando um Hotel California – sistema fechado onde você pode fazer o check out, mas nunca consegue sair. O Snapchat não te leva para fora da plataforma, o Instagram mal faz isso e o Facebook está se esforçando para impedir que seus usuários espiem para fora de seu jardim murado. Os usuários do Twitter estão cada vez mais hesitantes em clicar em links – o comportamento está espelhando as mudanças da plataforma. As implicações para os profissionais de marketing são enormes: as marcas terão que otimizar para atingir sucesso e conversação nas plataformas.

 

Mídia programática e automação

Empresas globais de compra e venda programada de inventários já atuam no país, por meio de leilões em tempo real. Dessa forma, a presença nos espaços publicitários na internet passa a ser regida por uma inteligência artificial que garante uma segmentação aprimorada do perfil dos usuários impactados pela mídia, impulsionando os resultados.

 

Adesão ao WhatsApp

Uma pesquisa da eCGlobal Solutions em parceria com a eCMetrics mostrou que os brasileiros estão abertos a receberem conteúdo relevante das marcas pelo WhatsApp. Entre os entrevistados, 64% gostariam de receber ofertas e promoções, 45% adorariam receber conteúdo exclusivo e 28% gostariam de receber vídeos divertidos da marca. As companhias aproveitaram o potencial da ferramenta ao longo deste ano, como havia adiantado o Mundo do Marketing em matéria que apresentou as 12 tendências para o Marketing digital em 2015.